Concerto de Brandenburg, nº 6 em Si bemol maior, BWV 1051, para duas violas, baixo, violoncelo e contínuo de Johann Sebastian Bach.
Essa é uma composição que tem uma característica raramente encontrada em música clássica orquestral: não possui partes para violino.
A primeira voz é a da primeira viola, que se supõe ter sido Bach o próprio instrumentista. Na verdade, a obra parece ter sido composta como um sexteto para solistas: dois instrumentistas para viola, dois para viola baixo ou viola da gamba, um para violoncelo e um violone (predecessor do contrabaixo).
Além desses seis instrumentistas, a participação do tecladista se dá no contínuo. A família da viola, cujos instrumentos são tocados com arco como os violinos, mas trasteados como o violão, não era obsoleta na época da Bach; a sobrevivente mais utilizada é a viola de gamba, com tamanho aproximado ao do violoncelo.
O príncipe de Köthen tocava esse instrumento, o que pode ser o motivo da utilização da viola da gamba nessa composição.
Portanto, uma característica desse concerto é a obtenção de sonoridades incomuns.
Dividido em três movimentos:
Allegro | Adagio ma non tanto | Alegro
O primeiro movimento que é vivo tem início com outra característica incomum: ao invés de um ataque combinado, as duas violas realizam uma entrada melodiosa, uma imediatamente após a outra. A repetição dessa característica auxilia a unificar o movimento.
No movimento lento as violas de gamba permanecem silenciosas e as duas violas desenvolvem o tema sensível, melancólico, que domina a música.
O movimento que teve início com Mi bemol prossegue e se encerra em Sol menor com um acorde em Ré - levando à mesma expectativa que precede o final dos Concertos nº 3 e 4.
No movimento final, Bach soluciona a questão com um dos seus ritmos de dança mais alegres. É uma giga em tempo 12/8, com fortes síncopas. Depois, as violas exibem-se em dueto. Os padrões de repetição são fortes e o ímpeto de alegria continua até o final.
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