Dodecafonismo
Com Arnold Schoenberg chegamos ao momento da grande revolução da música moderna.
Na música europeia de tradição tonal, uma nota domina as outras e dá a tonalidade...
Em 1911, Schoenberg criou o novo sistema, os sons se emancipavam, não havia mais distinção entre dissonância e consonância. Mas existia um sistema! Uma nota só pode voltar numa determinada ordem sem ser repetida antes de uma outra... é a série de 12 sons, musica serial ou o Dodecafonismo.
O dodecafonismo, música construída de acordo com o princípio, enunciado separadamente por Hauer e Schoenberg, no início dos anos 20, de composição com base na escala de 12 notas cromáticas da escala de temperamento igual, são arrumadas numa ordem particular formando uma serie que serve de base para a composição.
No “Método de compor com doze notas que só se relacionam umas com as outras”, de Schoenberg, a série de notas pode ser usada em sua forma original, ou invertida; ou em movimento retrogrado, ou retrogrado invertido; em cada uma dessas formas a serie pode ser transposta para qualquer outra altura (cada serie pode portanto ter 48 formas possíveis).
Toda a música da composição é construída a partir desse material básico; qualquer nota pode ser repetida, mas a ordem da série deve ser mantida. São permitidas as transposições à 8ª. As notas podem ocorrer em qualquer voz e podem ser usadas na forma de acordes, bem como melodicamente.
Desenvolvimentos posteriores da teoria dodecafônica introduziram a ideia de se utilizarem segmentos de seis, quatro ou três notas de uma serie como elementos de composição. Tal como originalmente imaginado por Schoenberg, esse método tinha a intensão de excluir a tonalidade, apesar de compositores posteriores, especialmente Berg, terem encontrado meios de usar a técnica e um contexto tonal – como de fato fez o próprio Schoenberg.
Ouça a obra “Noite Transfigurada” do compositor Arnold Schenberg!
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