Os instrumentos de corda criações de infinita variedade de atração quase universal, representam um avanço importante sobre as simples caixas de ressonância do Neolítico primitivo.
As primeiras harpas, como o modelo mesopotâmico em relevo de barro na imagem abaixo, foram precursoras de instrumentos mais requintados.
Entre os mais atuais, podem observar-se nas imagens da esquerda para a direita: lira abissínia, rebab árabe, sarangi indiano esculpido numa só peça de madeira e na segunda imagem, guitarra russa, guitarra de braço duplo e guitarra espanhola.
Os nobres do Egito Antigo levavam consigo para toda a parte a música da harpa, até para o Vale dos Mortos grande necrópole em Tebas, como se vê pela pintura mural reproduzida abaixo.
Com o tempo, a popularidade da harpa declinaria ao Mediterrâneo Oriental, à medida que o gosto do público se inclinava para instrumentos mais sofisticados. A imagem abaixo, de marfim, outrora ornamentou um cofre mesopotâmico, mostra, em cima um homem a tocar uma das primeiras versões de guitarra e embaixo um tocador de flauta de bico.
Os antigos reinos do Mediterrâneo reconheciam a música e a dança como elemento integrais e perfeitamente integrados das celebrações, e era raro o acontecimento, público ou privado, que não fosse festejado com música. Reproduz-se na imagem, uma pintura de túmulo etrusco, com coro feminino num funeral do século V a.C.
Os cânticos de igreja, forma musical que tem pelo menos a idade do Templo de Jerusalém, apenas foram coligidos e sistematizadas no século VI d.C. Este empreendimento é tradicionalmente atribuída ao Papa São Gregório Magno; daí o poder afirmar-se que o coro de três pessoas figurados na imagem estará a entoar canto gregoriano.
O canto a Capella acabou por ser suplantado em popularidade por outras formas mais elaboradas de música litúrgica – sinos, instrumentos de corda, órgãos de fole, como pode ver-se na imagem do século XIII.
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